quinta-feira, 14 de maio de 2009

A Primeira Impressão

A primeira foi que precisava reaprender a ler.
Acostumado estava em ler calhamaços de mil páginas, livros em série que ocupam cinquenta centímetros de prateleira e mesmo boas idéias super-aproveitadas. Todos eles, livros feitos em computador. O cara é o pink floyd das letras, também ganha por hora, então escreve sem pressa de acabar, sem preguiça de corrigir, numa verborragia interminável que não desperdiça nenhuma pequena idéia e não descuida nenhum pequeno detalhe.
Acho que todo escritor devia trabalhar em máquina de escrever. Seria mais direto e parcimonioso.
Assim, me descobri meio analfabeto, desaprendido de ler uma palavra de cada vez.
"Pare, leia devagar, olhe as pontuações. É livro cheio de detalhes. Ou quer ficar imaginando que Bendicó é um vira lata preto e não um fila enorme, por ter passado sem ver a pequena frase?"
É... Fazia tempo que não pegava um livro tão denso.

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